A requerimento da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, aconteceu na segunda-feira (29/8/11), no Plenário, um Debate Público para celebrar os 32 anos da Lei Federal 6.683, de 1979, conhecida como a Lei da Anistia, e o cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos sobre os desaparecidos da Guerrilha do Araguaia.
A Lei da Anistia foi promulgada pelo presidente João Batista Figueiredo em 28 de agosto de 1979, ainda durante a ditadura. A norma concedeu anistia àqueles que, no período compreendido entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos e eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da administração direta e indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos servidores dos poderes Legislativo e Judiciário, aos militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares.
A luta pela anistia dos opositores da ditadura (iniciada no ano de 1968) foi protagonizada por estudantes, jornalistas e políticos de oposição ao regime. No Brasil e no exterior, foram formados comitês que reuniam filhos, mães, esposas e amigos de presos políticos para defender uma anistia ampla, geral e irrestrita a todos os brasileiros exilados no período da repressão política. Em 1978, foi criado, no Rio de Janeiro, o Comitê Brasileiro pela Anistia congregando várias entidades da sociedade civil, com sede na Associação Brasileira de Imprensa.
Guerrilha do Araguaia
Foi um movimento formado no início da década de 1970, em resistência à Ditadura Militar. O movimento ganhou esse nome pelo fato de os conflitos entre militares e guerrilheiros, compostos, em sua maioria, por militantes do PCdoB, aconteceram em localidades próximas ao Rio Araguaia, na divisa entre os estados do Pará, Maranhão e Tocantins. Como resultado dos conflitos, foi registrado o desaparecimento de cerca de 60 pessoas, entre militantes do PCdoB e guerrilheiros recrutados na região. A sentença da Corte Interamericana condena o Brasil pelos desaparecimentos durante a Guerrilha do Araguaia.
(ALMG)
Publicado originalmente em: http://www.portalitz.com.br/noticias/brasil/2011/08/29/guerrilha-do-araguaia-sera-debatida-na-assembleia-/
CAHIS UEMA-CESI
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
Conselho Consultivo avalia Bumba-meu-boi como patrimônio cultural
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural estará reunido no próximo dia 30 de agosto, na nova sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em Brasília, para avaliar o registro do Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Maranhão como Patrimônio Cultural do Brasil.
A proposta de foi apresentada em 2008 ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan pela Comissão Interinstitucional de Trabalho, composta pela Superintendência Regional do Iphan e atual Superintendência do Iphan no Maranhão, Secretaria de Estado de Cultura, Fundação Municipal de Cultural, Comissão Maranhense de Folclore, Grupo de Pesquisa Religião e Cultura Popular da UFMA, representantes dos Grupos de Bumba-meu-boi dos Sotaques da Baixada, Matraca, Zabumba, Costa-de-mão, Orquestra e de Bois Alternativos.
O Bumba-meu-boi do Maranhão é uma celebração múltipla que congrega diversos bens culturais associados, divididos entre plano expressivo, composto pelas performances dramáticas, musicais e coreográficas, e o plano material, composto pelos artesanatos, como os bordados do boi, confecção de instrumentos musicais artesanais, entre outros. Em todo seu universo, destaca-se também a riqueza das tramas e personagens.
De um modo geral, o auto do Bumba-meu-boi é apresentado como a morte e a ressurreição de um boi especial. As apresentações cômicas são feitas com grande participação do público e são entremeadas por toadas curtas contando a história sobre um boi precioso e querido pelo seu amo e pelos vaqueiros. Pai Francisco, o escravo de confiança do patrão, mata e arranca a língua do boi para satisfazer os desejos de grávida de sua esposa, Mãe Catirina. O crime de Pai Francisco é descoberto e por isso ele é perseguido pelos vaqueiros da fazenda, caboclos guerreiros e os índios. Quando preso, são infligidos terríveis castigos e, para não morrer, Pai Francisco se vê forçado a ressuscitar o animal. É quando o doutor entra em cena para ajudar a trazer à vida o boi precioso, que, ao voltar, urra. Todos, então, cantam e dançam em comemoração.
Profundamente enraizado no cristianismo e, em especial, no catolicismo popular, o Bumba-meu-boi envolve a devoção aos santos juninos São João, São Pedro e São Marçal. Os cultos religiosos afrobrasileiros do Maranhão também estão presentes, como o Tambor de Mina e o Terecô, caracterizando o sincretismo entre os santos juninos e os orixás, voduns e encantados que requisitam um boi como obrigação espiritual. O parecer do Departamento de Patrimônio Material – DPI/Iphan destaca que o Bumba-meu-boi do Maranhão reúne também outras manifestações culturais e, por isso, é chamado de complexo cultural. Muitas vezes definido como um folguedo popular, o Bumba-meu-boi extrapola a brincadeira e se transforma em uma grande celebração tendo o boi como o centro do seu ciclo vital e o universo místico-religioso.
O Bumba-meu-boi do Maranhão
O boi, segundo o dossiê descritivo do DPI/Iphan, já era objeto de culto em diversas sociedades do mundo desde a pré-história. Entre as grandes festas populares do Brasil, em algumas a figura do boi é o elemento central, sendo que essas festas do boi ocorrem em todas as regiões do país. São brincadeiras como o Bumba-meu-boi, Boi-bumbá, Boi Surubi, Boi Calemba, Boi Pintadinho, Boi Barroso, Boi Jaraguá, Boi de Canastra, Boi de Reis, Reis de Boi, entre outros. Em relação ao Bumba-meu-boi do Maranhão, uma das diferenças é o momento do ano em que as festas acontecem. Em geral, no norte do país, as festas ocorrem durante o ciclo junino, assim como o Bumba-meu-boi do Maranhão. Já nos outros estados do nordeste, os festejos se concentram próximo do Natal. A festa comporta diversos estilos de brincar – chamados de sotaques – praticados por homens e mulheres, de diferentes classes sociais e que atuam profissionalmente como estivadores, pescadores, trabalhadores rurais e pequenos comerciantes.
Como em muitas festas populares, o Bumba-meu-boi também requer grande dedicação e preparo dos participantes ao longo do ano. É necessário fabricar as vestimentas e treinar as toadas, entre outras atividades que, em geral, se concentram no fim do primeiro semestre e no início do segundo semestre. Os festejos podem ser divididos em quatro etapas: os ensaios, o batismo, as apresentações e a morte do boi. Os ensaios começam no Sábado de Aleluia e seguem até a primeira quinzena de junho. Na véspera do dia de São João, em 23 de junho, as rezadeiras fazem o batismo do boi que é acompanhado pelos participantes na sede dos grupos, nas Igrejas católicas ou em casas de culto afrobrasileiro. Esse é o momento de purificação do novilho, quando São João dá permissão para o boi brincar.
A partir daí começam as apresentações que se concentram no fim do mês de junho e vão até o dia de Sant’Ana, em 26 de julho. Na capital maranhense, por exemplo, ocorrem em arraiais financiados pelo governo estadual e municipal, nas casas ou em arraiais de instituições. Existem dois grandes eventos que marcam a etapa de apresentações na cidade de São Luís: a alvorada na Capela de São Pedro, no bairro de Madre Deus, no dia 29 de junho e o desfile da Avenida São Marçal, no bairro de João Paulo, no dia 30 de junho. Com o fim do ciclo festivo, os grupos começam a programar a morte do boi, um momento para encenação política, pois o tamanho da festa é diretamente proporcional ao prestígio daquele boi e do seu grupo na cidade. A festa da morte, quando o boi retorna para São João, pode durar de dois a sete dias e envolve um elaborado ritual com ornamentos, toadas e encenação.
O universo místico-religioso e social da festa maranhense
Durante a realização do Inventário Nacional de Referência Cultural – INRC sobre o Bumba-meu-boi do Maranhão os técnicos do DPI/Iphan destacaram que a festa possui profundas relações com as esferas religiosas da vida através do catolicismo popular e das religiões afrobrasileiras e também se associa às expressões lúdicas. Os participantes fazem o boi para pagar promessa ou como oferenda a entidades espirituais, por exemplo, como existem também aqueles que querem apenas fazer a sua apresentação. Desta forma, o Bumba-meu-boi do Maranhão está presente em muitas dimensões da vida social dos participantes, tanto que existem regiões no estado onde os grupos fazem visitas às covas de cemitério para saudar os mortos, reforçando a relação que o ciclo festivo estabelece com o ciclo vital, com a vida e morte de bois e homens.
Os folguedos também se transformaram no passar dos anos, sendo que a partir da década de 1990, ocorreu a consolidação do Bumba-meu-boi como produto no mercado cultural e a dependência dos grupos com o Estado em função do grande volume de dinheiro investido nas apresentações. Até mesmo os locais para a realização da festa foram institucionalizados, passando a ocorrer principalmente em arraiais oficiais do governo e sendo reguladas por contratos.
Medidas de Salvaguarda
Ao concluir que é no contexto da celebração que o universo místico-religioso com a devoção a São João, outros santos juninos e de cultos afrobrasileiros, as músicas, as danças, o teatro, os artesanatos, entre outros, alcançam seus sentidos plenos e se transformam no Bumba-meu-boi maranhense, o Iphan indica o registro do Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Maranhão como Patrimônio Cultural do Brasil. Para preservar a festa, o DPI/Iphan sugere algumas medidas de salvaguarda como o incentivo à documentação, conhecimento e divulgação; fortalecimento e apoio à sustentabilidade dos grupos; e valorização das expressões tradicionais do Bumba-meu-boi.
Entre as sugestões de salvaguarda estão a implantação de políticas públicas em municípios do interior para integrar os grupos, buscando a valorização de expressões locais e a redução da discriminação. Também é necessário criar novos espaços para a apresentação dos grupos, aproximando integrantes e a platéia, uma vez que alguns arraiais oficiais foram construídos palcos que, além de distanciar o público, modificam as práticas de sociabilidade tradicionais do Bumba-boi, baseadas na aproximação entre brincante e espectador.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro de bens do patrimônio cultural brasileiro, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.
Serviço:
Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
Data: 30 de agosto de 2011, de 10h às 19h
Local: Sede do Iphan – Sala do Comitê Gestor
Edifício Lucio Costa
SEPS Quadra 713/913 – Bloco D – Asa Sul
Brasília – DF.
Mais informações
Assessoria de Comunicação Iphan: comunicacao@iphan.gov.br
Publicado originalmente em: http://www.portalitz.com.br/noticias/cultura/2011/08/26/conselho-consultivo-avalia-bumba-meu-boi-como-patr/
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
23/08 Assembléia para prestação de contas do CAHIS
O CAHIS convoca tod@s para se fazerem presentes na Assembléia Geral dos Estudantes de História que acontecerá dia 23 de agosto, terça-feira às 19:30h no auditório da UEMA.
Pautas:
> Prestação de contas
> Avaliação da gestão
> Informes
> Outros
Contamos com a participação de vocês!
Atenciosamente,
Centro Acadêmico de História Por Lutas e Conquistas!
Pautas:
> Prestação de contas
> Avaliação da gestão
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> Outros
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Centro Acadêmico de História Por Lutas e Conquistas!
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Certificados da SIEH
Informamos que os certificados da SIEH já estão sendo entregues.
Quem ainda não recebeu, fazer o favor de buscar o seu na UEMA durante o período da manhã com Philip Sousa.
Quem ainda não recebeu, fazer o favor de buscar o seu na UEMA durante o período da manhã com Philip Sousa.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
PROGRAMAÇÃO DO ÚLTIMO DIA DA SIEH !
Amanhã dia 17/06 a partir das 19hs no CESI/UEMA
Oficina de DANÇAS POPULARES com Renata Lobato. Em seguida Plenária Final da SIEH e Assembléia Geral dos Estudantes de História.
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