Publicado dia 11 de Março de 2011 em: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=149327
O Grupo de Trabalho do Tocantins voltou a buscar os restos mortais de desaparecidos na guerrilha do Araguaia (1972-74). Em atividade desde 2009, o grupo enviou no começo de março uma equipe para fazer entrevistas no sudeste do Pará e norte de Tocantins.
O objetivo, segundo o Ministério da Defesa, é falar com pessoas que possam indicar locais onde foram enterrados os envolvidos na guerrilha.
A Defesa informa que os restos mortais encontrados em Xambioá (TO), em outubro do ano passado, continuam a ser periciados no Instituto de Medicina Legal do Distrito Federal.
No final de janeiro, um relatório das atividades do grupo foi encaminhado para 1ª Vara Federal de Brasília, que cuida do processo.
O grupo prevê em maio novas escavações para encontrar ossadas.
Em dezembro do ano passado, a Corte Interamericana de Direitos Humanos, órgão da OEA (Organização dos Estados Americanos), condenou o Estado brasileiro por violações no combate à guerrilha.
De acordo como o tribunal, o Brasil é responsável pelo desaparecimento de 62 pessoas durante a guerrilha.
A decisão pede que o Brasil investigue o caso por meio da Justiça comum e identifique os culpados sem beneficiá-los com a Lei da Anistia.
Logo depois da decisão ser anunciada, o ministro Nelson Jobim (Defesa) afirmou que ela é meramente política.
Para o ministro, a decisão não tem efeitos jurídicos no Brasil. Jobim disse também que não há possibilidade de punição para os militares que praticaram tortura no país.
Já o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cezar Peluso, afirmou a punição "não revoga, não anula, não caça a decisão do Supremo" sobre a anistia.
Fonte: Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos a visita. Volte sempre!